PEAMA: mais que atividades físicas e inclusão para pessoas com deficiência
Pedalar uma bicicleta. Essa ação era impensável há um ano para Miguel Leal de Castro, 11 anos. Ele, que tem síndrome de down, iniciou a participação no Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (PEAMA), do Departamento de Esporte Adaptado, da Unidade de Gestão de Esporte e Lazer (UGEL) há quatro anos, e desde então, ganhou movimentos e autonomia. Além dele, outros 350 participam das 16 atividades oferecidas para os assistidos em Jundiaí, sempre com foco na melhoria da qualidade de vida e socialização da pessoa e da família.
“Há um ano, o Miguel não conseguia ficar em cima de uma bicicleta. Agora ele já pedala, faz curvas, se diverte”, conta a mãe Edinéia Aparecida Leal, comissária de bordo, mãe de do garoto. “É um orgulho muito grande acompanhar o desenvolvimento. Sempre me emociono, pois começou muito difícil e agora tudo está encaixado”, comenta a mãe, que alterou os horários de trabalho e se mudou para Jundiaí, em 2019, para conseguir oferecer o suporte necessário para o desenvolvimento do menino.
Ela, nascida no Paraná, após a separação no casamento, não contava com família para o apoio ao cuidado do menino para que pudesse trabalhar. Uma tia, moradora na região de Jundiaí se prontificou a auxiliá-la. Há quatro anos mudou-se para Jundiaí. “Depois de um tempo da entrevista no PEAMA, o Miguel foi chamado para as atividades. Agora faz futsal, dança e bike. As atividades auxiliaram no desenvolvimento motor e social. Isso eu não encontrei em outra cidade. Encontrei na cidade e no PEAMA o suporte necessário”, elogia.
Desenvolvimento e suporte
Os mais de 350 participantes matriculados nas atividades do PEAMA contam com oferta de 16 modalidades esportivas para a prática. De acordo com o professor Rafael Silveira, integrante da equipe do PEAMA, além das famílias indicarem as atividades que gostariam que os filhos participassem, a partir do desenvolvimento de cada um, são avaliados individualmente e, caso necessário, encaminhados para outras atividades ou grupos que proporcionem maior desenvolvimento. Esse foi o caso de Miguel no futsal. Inicialmente, ingressou na equipe com idade próxima à dele. Mas, pelas habilidades e o interesse pelo desafio que o garoto tem, foi encaminhado para um grupo mais avançado.
De acordo com o gestor da UGEL, Luis Claudio Tarallo, o PEAMA ampliou o número de vagas entre 2017 até agora em 20% o número de atendimentos. “Estamos com projetos para alcançar ainda mais pessoas, com as adequações e ampliações que estão sendo realizadas no Complexo Educacional, Cultural e Esportivo Dr Nicolino de Luca e em outros espaços e eliminar o tempo de espera”, adianta.