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Agosto Lilás: Campo Limpo Paulista oferece curso de defesa pessoal e palestras para mulheres

O oitavo mês do ano é dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher através da campanha Agosto Lilás, que busca chamar a atenção da sociedade para o tema. A campanha foi criada em referência à Lei Maria da Penha, que em 2023 completa 17 anos, e surgiu para amparar mulheres vítimas de vários tipos de violência como física, sexual, psicológica, moral e patrimonial.

A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Campo Limpo Paulista reafirma o compromisso com a valorização e empoderamento das mulheres, promovendo iniciativas que visam capacitar e fortalecer a presença feminina na sociedade. Uma das frentes de atuação é o curso de capacitação e defesa pessoal para mulheres

O curso é gratuito, não há a necessidade de inscrição prévia e acontece semanalmente nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) Botujuru e Leste e na região Central com flexibilidade de dias: às terças-feiras as aulas acontecem no CRAS Botujuru, quintas-feiras no CRAS Leste e às sextas-feiras no Complexo Esportivo, todas das 8h às 9h e são ministradas pelo instrutor Fernando Morbidelli que há 22 anos pratica jiu jitsu e há 14 anos é faixa preta.

Daiane Sampaio, moradora do bairro Parque Santana, já participou de um encontro e afirma que, além de ser um curso didático, as aulas são excelentes e bem instruídas. “Ficamos à vontade com o professor, o que facilitou no aprendizado e nos ajudou a ficar alerta em uma situação de risco, aplicando alguns golpes, como em casos de estrangulamento e como sair do agressor após ser surpreendida com um puxão no cabelo”.

Segundo Fernando, as aulas são contínuas e pensando primordialmente em coisas do cotidiano e que a cada aula que as mulheres participam algo novo é ensinado. “As mulheres mudam visivelmente sua postura da primeira para as demais aulas. Algumas começam como vítimas, de cabeça baixa e ombros curvados, mas logo adotam uma postura mais defensiva, cabeça erguida com olhar de superioridade, refletindo um aumento na autoconfiança”, enfatiza o instrutor reforçando que todas são bem-vindas as aulas e que os conteúdos são administrados de forma individual, dando oportunidade para novas ingressantes.

Conhecendo as formas de violência: Palestra com o CREAS
De 2022 a 2023, o Brasil registrou um aumento acentuado nas formas de violência grave contra mulheres. Os números indicam que 50.962 mulheres foram vítimas de violência diariamente em 2022 (Datafolha/2023), incluindo ameaças verbais, agressões físicas como batidas, empurrões e chutes, tentativas de estrangulamento, entre outros tipos de agressões físicas. E na manhã desta quinta-feira (10), no Cras São José, os agentes do Creas, a assistente social Rosemeire Nunes Gomes Santos e o psicólogo  Hugo Winter, ofereceram uma roda de conversa às mulheres assistidas pela secretaria de assistência e desenvolvimento social. 

Rosemeire afirma que quando apresenta às mulheres as diferentes formas de violência psicológica, como ameaças, constrangimento, manipulação e isolamento. Ou também casos de violência patrimonial, como controle financeiro abusivo e danos intencionais a objetos da vítima. Ou violência moral, que inclui acusações infundadas, exposição da vida íntima e desvalorização da vítima com base em sua aparência, é comum muitas identificarem essas vivências e depois procurar ajuda. “Todo o tipo de violência é necessário ser cuidado. No Creas fazemos um trabalho estratégico, para atender vítimas que nem sempre que nos contataram, que foi por denúncia de terceiros. Somos uma rede de apoio, e enfatizamos que as mulheres nunca estão só”, afirma Rosemeire pontuando o objetivo dessas palestras.

Os próximos encontros sobre a palestra Lei Maria da Penha, acontecem no Cras Botujuru, no dia 16 de agosto e no Cras Centro, no dia 23 de agosto. Ambos serão às 9h.

Como posso denunciar um caso de violência doméstica
Segundo o secretário de Segurança Integrada, Ronaldo Cazelli, mesmo quando não ocorre a agressão direta a mulheres, as ameaças já configuram crime de acordo com o art. 147 do Código Penal. Nessas situações, as mulheres têm a possibilidade de recorrer ao atendimento telefônico para realizar denúncias ou obter informações sobre seus direitos e a legislação vigente. “Nossa gestão não poupa esforços para aprimorar constantemente os serviços de segurança no município. Desde o Botão de Emergência e a implantação de câmeras por toda a cidade, até o aplicativo que localiza viaturas próximas em casos de emergência. Independentemente do tipo de violência, estamos sempre prontos para atender quem precisa”.

Para denunciar, entre em contato pelos telefones 100, 190, 153 ou 180.

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