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Atividade em grupo na Biblioteca de Jundiaí promove socialização a partir da Literatura e Artesanato

Todas as quintas-feiras à tarde, na Biblioteca Municipal Nelson Foot, um grupo animado compartilha conversas, leituras e muito trabalho artístico e manual, durante os encontros do projeto “Cada conto um ponto”. A iniciativa, realizada no espaço cultural ligado à Unidade de Gestão de Cultura, conta com a mediação de Milva Morelli, que faz a leitura de obras literárias para as participantes, enquanto a arte-educadora Neide Pillekamp compartilha as técnicas e atividades manuais, dando espaço ao diálogo e socialização dos participantes.

A bibliotecária Michele Bueno explica a proposta da atividade. “Unindo Literatura e atividades manuais, este projeto traz uma técnica muito utilizada em Biblioterapia e tem entre seus objetivos, no contexto de pós-pandemia, trazer de volta à Biblioteca os mais idosos. Mas não só eles, já que o grupo é aberto para todos os interessados com mais de 25 anos. Assim, expandindo a proposta do que seria um clube de leitura, o projeto proporciona aprendizagens e trocas entre os participantes, que se sentem também motivados a fazer ou a renovar suas carteirinhas de sócios, para buscar as obrar lidas durante os encontros e todo o acervo disponível para empréstimo”.

Milva explica a curadoria das obras apresentadas. “Com o passar dos anos, o corpo e o pensamento podem ficar mais lentos, mas o projeto tem demonstrado que da leitura e do trabalho artesanal podem surgir conversas maravilhosas. Por isso, privilegiando autores brasileiros, buscamos escolher obras que falem de acolhimento. A primeira autora foi Cora Coralina, escolhida por ter tido seu reconhecimento já na terceira idade. Depois veio Cecília Meireles, autora cuja sabedoria foi reconhecida já ao longo de toda a vida. Em junho, foi a vez de Rolando Boldrin, por conta das festas daquele período. Em seguida, alinhamos a tradição manual com a pauta indígena de Ailton Krenak, e agora estamos com Conceição Evaristo, que trata da beleza que é o respeito às diferenças”.

Já Neide compartilha as técnicas utilizadas. “Buscamos aliar a técnica ensinada com o tema da leitura. E para dialogar com a autora deste mês, estamos fazendo diversos tipos de fuxico para, ao final do mês, montar um painel com o rosto de uma mulher africana. Mas já trabalhamos com macramê, tear, bordado em chita e vagonite, e, nos próximos meses, utilizaremos patchwork embutido, bordados da vovó – aqueles com os pontos antigos -, e bainha desfiada. E, em dezembro, será a vez da bola de Natal forrada com tecido, uma das técnicas mais aguardadas”.

Entre as participantes, Sueli e Isabela Fagian não perdem um dia de projeto. Mãe e filha acharam no encontro semanal uma oportunidade para aprender juntas.

Sueli e Isabela Fagian não perdem um dia de projeto

“Decidi participar assim que soube do projeto. E logo depois do primeiro dia quis convidar a minha mãe”, explicou Isabela, que é professora de Ingês e mora no Jardim Pacaembu.

“Eu nunca fui muito hábil com trabalhos manuais, mas tenho aprendido muito. Sem contar que os encontros são muito bons para distrair a cabeça e sair da rotina de casa”, comentou a comerciante aposentada.

Participação
Os interessados em participar do projeto “Cada conto um ponto” devem comparecer à Biblioteca, que fica na avenida Dr. Cavalcanti, 396 – Complexo Argos, às quintas-feiras, a partir das 15h.

A mesma atividade também é promovida na biblioteca da Pracinha da Cultura do Vista Alegre (antigo CEU das Artes) às segundas e quartas-feiras, das 17h30 às 18h30, com mediação da Cia. Contando com Encanto. Os interessados também devem comparecer ao local, que fica na rua Cabo Edvaldo Quirino Santana, s/n – Vista Alegre, no horário da realização da atividade.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 4527-2110.

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