Vivência com Capoeira marca programação do Mês da Consciência Negra na Emeb Anézio de Jundiaí
O parque da Emeb Professor Anézio de Oliveira (Emeb dos Sonhos), na vila Marlene, virou uma grande roda de Capoeira na manhã desta terça-feira (07). Com as participações dos alunos de turmas do 4º e 5º anos, e mediação do professor de Educação Física Diogo Saraiva, a atividade faz parte do projeto da unidade escolar sobre Cultura Afro-indígena e está sendo proposto às turmas como vivência do Mês da Consciência Negra.
“O conhecimento ameniza o preconceito e atrai o respeito. Por isso, utilizando todas as áreas do conhecimento, desenvolvemos este projeto na escola com foco na valorização e empoderamento desta Cultura. E esta vivência de Capoeira, em novembro, não é um momento de abertura de programação temática. Na verdade, ela encerra toda a programação já desenvolvida ao longo do ano”, explica a coordenadora da escola, Marineide Vilas Boas.
Marineide comenta ainda que a temática é trabalhada com os alunos desde a Educação Infantil. “Para as crianças do G4 e G5, fase de desenvolvimento de identidade, trabalhamos por meio de contação de histórias. Com o 1º ano, o tema é trabalhado por meio de brincadeiras. No 2º, o trabalho é feito com culinária e História, esta última também abordada com o 3º ano. E com os 4º e 5º anos, além da História, as crianças aprendem por meio de jogos e de análise do tema na atualidade, fazendo leitura crítica de notícias, por exemplo.”
A gestora de Educação, Vastí Ferrari Marques, ressaltou o envolvimento das crianças com a vivência. “Esta atividade de “Desemparedamento da Escola”, em contato com a natureza, é mais uma prática alinhada ao programa Escola Inovadora e que confirma as potencialidades dos espaços escolares como ambientes pedagógicos para o desenvolvimento de vivências conectadas com as demais disciplinas e com os temas da atualidade. E o engajamento das crianças, envolvidas não só com a Capoeira enquanto prática esportiva, mas também com a História e a Cultura afro-brasileiras, é mais uma evidência disso.”
Bryan Mattos, de dez anos, foi para o centro da roda para jogar com ninguém menos que o professor Diogo. “Já sei jogar Capoeira desde que tinha quatro anos. Aprendi na escolinha lá do Cecap, pois um dia ouvi o som do berimbau e me interessei. Então eu já sabia gingar, dar mortal e voadora quando o professor ensinou”, comentou o aluno do 5º ano C.
As amigas do 4º ano A Isadora Chiesa e Fernanda Argento, de dez e nove anos, respectivamente, também aprovaram a vivência. “Sempre via a Capoeira na televisão e a música e o ritmo me chamavam a atenção, pois pareciam ser muito bons para relaxar. Até já sabia alguma coisa, mas aprendi e gostei mesmo quando o professor nos ensinou”, comentou Isadora.
“Eu pratico basquete, mas gosto de todas as atividades físicas. Daí, um dia, fui ao Sesc com a minha família e eles estavam dando esse tipo de atividade lá no ginásio. Desde então me interessei cada vez mais”, comemorou Fernanda.