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População tem responsabilidade sobre o descarte do chamado e-lixo

O Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico do mundo, com cerca de 2,4 mil toneladas ao ano

A Lei estadual 13.576/2009, que regulamenta o descarte adequado e a reciclagem do lixo eletrônico no estado de São Paulo, o chamado e-lixo, completou 15 anos. A presença dos equipamentos eletrônicos no cotidiano das famílias traz conforto e praticidade. Desde os utensílios domésticos ao celular, existe a cultura da substituição desses produtos quando finalizada sua vida útil, ou o mero desejo de atualização tecnológica. É a partir desse momento que o descarte adequado do lixo tecnológico se torna um desafio, pois, o descarte inadequado pode contaminar o solo e o lençol freático, devido à presença de metais pesados existentes nos equipamentos eletrônicos, como chumbo, manganês e cromo.

Segundo relatório do Instituto das Nações Unidas para Formação e Pesquisa (Unitar), em parceria com a União Internacional de Telecomunicações (ITU), o Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico do mundo, com cerca de 2,4 mil toneladas produzidas todos os anos. Isso equivale a 11 quilos por pessoa. Entretanto, apenas 3% têm o destino adequado – a reciclagem ou a reutilização. A reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos é separada em oito categorias: eletrodomésticos (fogão, geladeira), eletroportáteis (ventilador, liquidificador), monitores, tecnologia da informação e telecomunicações (celulares, computadores), fios e cabos, pilhas e baterias, iluminação e painéis fotovoltaicos. Esse processo começa quando é determinado o fim da vida útil do aparelho eletrônico.

Por isso, independentemente da lei, o cidadão tem, sim, seu papel e responsabilidade nesse ciclo. Afinal, se ele não fizer o descarte correto (em um local que faça parte de um sistema de logística reversa), o processo de reciclagem nem começa. Por isso, segundo especialistas, fica ainda mais claro que a educação ambiental é urgente. É fundamental levar ao consumidor as informações que permitam que ele entenda o tema e, assim, adote hábitos sustentáveis.

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