Dise fecha estrutura para plantação de maconha destinada a instituto
A Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Jundiaí fechou em Campo Limpo Paulista uma estrutura montada em uma área rural para cultivo de maconha destinada a um instituto que se denomina “organização humanitária” que emprega Cannabis Medicinal para tratamento de enfermidades.
Um homem de 45 anos foi preso no local. Ele disse trabalhar como gerente do “instituto” e chegou a apresentar julgados da Justiça sobre a possibilidade de se cultivar a erva, dando a entender que acreditava não estar descumprindo norma legal, incluindo praticando crime de tráfico de drogas.
No entanto, de acordo com a Dise, não foi apresentada autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a fabricação de qualquer produto de Cannabis destinado ao instituto, que estaria atuando em desacordo com a lei, em flagrante crime de tráfico de entorpecentes.
Cerca de 125 pés de maconha foram apreendidos no local, uma chácara com uma grande estufa com capacidade para milhares de arbustos do entorpecente. O imóvel está localizado na rua Humberto Cereser, no bairro Estância de São Paulo, e já vinha sendo investigada pela Dise.
De acordo com policiais da unidade, que é considerada especializada da Polícia Civil, para o acesso à chácara, foi requerido ao Poder Judiciário mandado de busca e apreensão. Com a concessão da medida, uma ação foi montada.
Uma viatura descaracterizada foi utilizada nos trabalhos e todo o local vistoriado à procura de irregularidades. Além dos pés de maconha, os investigadores encontraram no imóvel quatro quilos de extrato de maconha para produção de canabidiol, além de objetos para fracionar e embalar as substâncias.
No auto de prisão em flagrante, o delegado do caso destacou que a conduta do detido “se amolda à figura típica do artigo 33 da Lei 11.343/06, eis que mantinha sob sua posse e guarda grande quantidade de entorpecente destinada à entrega e distribuição em larga escala, cuja destinação final seria a entrega a terceiros e a comercialização espúria, sem autorização e em desacordo com a legislação vigente”.
A autoridade policial ainda representou pela conversão da prisão em preventiva, o que deve ser decidido em audiência de custódia realizada pelo Poder Judiciário. A Dise deve mirar agora o instituto, que está localizado em Mirandópolis (SP).
Foto e Texto: Imprensa Policial