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Casos de câncer de boca alerta para prevenção no Novembro Vermelho

Novembro é o mês dedicado à conscientização do câncer de boca, uma doença grave que ocupa o quinto lugar entre os tipos de câncer mais comuns em homens no Brasil e também é preocupante entre as mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são diagnosticados cerca de 15 mil novos casos da doença anualmente no país, com uma alta taxa de mortalidade, já que muitos pacientes só buscam ajuda médica quando o câncer está em estágio avançado. A campanha busca sensibilizar a população para os fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce, que é crucial para o sucesso do tratamento e para a qualidade de vida dos pacientes. O câncer de boca se manifesta principalmente nos lábios, gengivas, língua, céu da boca, soalho bucal e na região retromolar, localizada atrás dos dentes do siso. Em 2024, o Novembro Vermelho visa reforçar o conhecimento sobre sintomas que muitas vezes são ignorados, como feridas na boca que não cicatrizam, áreas esbranquiçadas ou avermelhadas, e dores persistentes. Quanto antes a doença for identificada e tratada, maiores são as chances de cura, com uma taxa de sucesso significativamente mais alta em estágios iniciais.

A Dra. Sílvia Picado, Médica Cirurgiã de Cabeça e Pescoço estatutária da Prefeitura Municipal de Santos e Diretora Social da APM Santos, ressalta a importância desta campanha de conscientização para educar a população e reduzir a mortalidade. “Infelizmente, a maioria dos casos de câncer de boca é diagnosticada tardiamente, o que diminui as opções de tratamento e piora o prognóstico. Por isso, alertar sobre os fatores de risco e os sintomas é essencial para a detecção precoce”, explica a especialista, destacando que, entre os principais fatores de risco estão o tabagismo e o consumo de álcool, cuja combinação potencializa ainda mais o risco de desenvolver câncer de boca. “O tabagismo aumenta em até 15 vezes a chance de aparecimento do câncer, e quando combinado ao álcool, o risco se torna ainda maior. É fundamental que as pessoas entendam que esses hábitos são extremamente prejudiciais”, alerta Dra. Sílvia. Além disso, fatores como dieta pobre em frutas e vegetais, má higiene bucal e exposição excessiva ao sol sem proteção também contribuem para o desenvolvimento da doença.

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