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Corte de R$ 180 mi na Saúde ameaça atendimento, diz equipe de transição

Da assessoria de imprensa

A saúde pública de Jundiaí enfrenta um grave desafio para 2025, com uma previsão de R$ 180 milhões a menos no orçamento apenas para manter os contratos e convênios vigentes de 2024. Esse corte foi identificado por um levantamento detalhado da equipe de transição de Gustavo Martinelli e Ricardo Benassi, que assumirão a Prefeitura no próximo ano. A redução orçamentária foi oficializada por meio da Instrução Normativa Conjunta UGGF/UGAGP nº 01/2024, publicada na Imprensa Oficial do Município em sua edição 5549, de 8 de novembro de 2024, página 6. A norma estabelece um contingenciamento de gastos e investimentos, priorizando apenas os serviços considerados essenciais, evidenciando os desafios financeiros enfrentados pela administração municipal.

Os impactos já começam a ser sentidos. O contrato entre o Hospital São Vicente e o Hospital Santa Elisa, que garante o uso de 35 leitos e duas salas de cirurgia, será parcialmente encerrado em 1º de dezembro. Com isso, o atendimento será reduzido para apenas 15 leitos, o que pode gerar aumento nas filas de espera por procedimentos cirúrgicos.

Outro setor crítico é o tratamento oncológico. Atualmente, os pacientes iniciam radioterapia e quimioterapia em até sete dias. Contudo, com os cortes, o orçamento para oncologia será reduzido de R$ 800 mil para R$ 600 mil por mês, o que pode ampliar esse prazo de atendimento para até 30 dias, prejudicando diretamente aqueles que dependem do tratamento para combater o câncer.

O Instituto Luiz Braille, responsável por cirurgias oftalmológicas, já suspendeu procedimentos por falta de recursos, o que deve aumentar a fila de espera em 2025 e pressionar ainda mais o sistema de saúde.

Além disso, a falta de investimento pode comprometer o fornecimento de medicamentos essenciais. Recentemente, uma fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) identificou desabastecimento e dificuldades de acessibilidade em unidades de saúde de Jundiaí, problemas que podem se agravar com o déficit previsto. “Esse corte no orçamento coloca em risco a saúde de nossa população. Sem recursos suficientes, tratamentos podem ser atrasados, cirurgias adiadas e o fornecimento de medicamentos essenciais comprometido”, alerta Gustavo Martinelli.

Ricardo Benassi reforça: “A saúde é prioridade para nós. Estamos cientes dos desafios e vamos trabalhar incansavelmente para buscar soluções, como reorganização do orçamento e parcerias, para garantir que os serviços essenciais não sejam prejudicados.”

A nova gestão reafirma o compromisso de proteger a saúde da população e buscar alternativas para minimizar os impactos desse déficit orçamentário. Entre as medidas propostas estão a revisão de contratos, a busca por novas fontes de recursos e um planejamento estratégico que equilibre as contas sem comprometer os serviços essenciais.

Outro lado
Prefeitura de Jundiaí contesta equipe de transição e diz que não houve cortes na Saúde para 2025

Em relação a informação da equipe de transição de Gustavo Martinelli e Ricardo Benassi, que identificado por um levantamento detalhado, uma redução orçamentária oficializada por meio da Instrução Normativa Conjunta UGGF/UGAGP nº 01/2024, publicada na Imprensa Oficial do Município em sua edição 5549, de 8 de novembro de 2024, página 6, a Prefeitura de Jundiaí, em nota oficial, através da Unidade de Gestão de Promoção de Saúde (UGPS), informa que não houve qualquer redução ou cortes de contratos ou convênios com empresas prestadoras de serviços em saúde para a cidade para o ano de 2025, mantendo as metas estabelecidas em contrato. A organização financeira para o próximo período é feita com base no Orçamento previsto, que sinaliza redução na arrecadação em decorrência da reforma tributária – queda na arrecadação do ICMS. Vale destacar que, em 2017, orçamento da unidade era de R$ 490 milhões tendo dívidas herdadas do ano anterior com fornecedores e o Hospital São Vicente de Paulo à beira da falência (devendo salários, benefícios e a fornecedores).

Para 2025 o orçamento previsto é de R$ 1 bi, ou seja, aumento de 104% no período e um cenário completamente diferente, já que todas as contas com fornecedores estão pagas, sem dívidas, inclusive com antecipação de repasses para custeio do 13º dos trabalhadores.

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