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Presidentes de sindicatos falam da importância do  Dia 1º de Maio para todos os trabalhadores

Hoje, uma das principais bandeiras é a redução da jornada de trabalho com o fim da escala 6×1, dentre outras

O Dia do Trabalho e do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, tem origem nos protestos e greves de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos, onde trabalhadores lutavam pela redução da jornada de trabalho para oito horas diárias. Essa data foi escolhida como feriado mundial em 1889, por um congresso socialista em Paris, em homenagem ao movimento operário e às vítimas da greve de Chicago. A principal reivindicação dos trabalhadores em Chicago era a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, uma bandeira ainda presente nos dias de hoje.  O Dia do Trabalho representa a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho, salários justos e direitos trabalhistas. A data é um momento de reconhecimento das conquistas e da importância da classe trabalhadora para a sociedade.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, Luís Carlos de Oliveira (Lu), o 1º de Maio representa um momento de reconhecimento das conquistas históricas, como férias, salário mínimo, descanso semanal e aposentadoria. E ainda de reflexão sobre os desafios atuais dos trabalhadores, como desemprego, precarização do trabalho e desigualdade social. “O Primeiro de Maio é tanto uma ocasião de celebração quanto de reflexão sobre direitos trabalhistas, desafios atuais e a importância da organização dos metalúrgicos. Assim, o 1º de Maio é uma data que celebra o passado, avalia o presente e projeta o futuro das lutas dos trabalhadores”, afirmou.

Já o presidente do Sincomerciários de Jundiaí e Região, Milton de Araújo enfatiza que sempre motivo de comemoração, pois somos uma Nação incansável e esperançosa. “Temos uma Consolidação das Leis do Trabalho forte, motivo de orgulho do movimento sindical brasileiro. Contudo, embora essa data seja amplamente comemorada pelos quatro cantos do País, com direito a feriado, não podemos esquecer que a nossa luta é contínua no combate aos retrocessos que constantemente nos desafiam na promoção do trabalho decente, da saúde e da segurança do trabalhador”, destaca, lembrando que, há dois anos, por exemplo, o Brasil resgatou 3.190 pessoas trabalhando em condições análogas à escravidão, sem contar com a exploração do trabalho infantil, a falta de oportunidades para as pessoas com deficiência, aos jovens que buscam o primeiro emprego, às pessoas com 60+, negros periféricos, mulheres, mães, os desalentados, enfim. “Nossas bandeiras de luta vão além da manutenção de direitos, visa o combate às desigualdades no mercado de trabalho. Por isso, vamos celebrar, sim! Mas com consciência de classe e união. Neste dia 1º, os comerciários do Estado de São Paulo vão se reunir em um evento grandioso na cidade de Avaré, interior paulista, no que se tornou a maior comemoração da data realizada por uma única categoria. O Dia do Trabalho dos Comerciários será de muita diversão, descanso, mas, acima de tudo, mensagens de incentivo aos sindicatos e aos associados, pela valorização da categoria e o fortalecimento das entidades. A Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo – Fecomerciários, liderada por Luiz Carlos Motta, é a grande realizadora desta merecida e grandiosa comemoração.

Em sua avaliação, a reforma trabalhista de 2017 representou um retrocesso para os trabalhadores brasileiros. Ainda assim, o movimento sindical aproveita o 1º de Maio para fortalecer sua relação com as diversas categorias de trabalhadores que permanecem unidas e conscientes sobre a importância dos sindicatos na manutenção dos seus direitos. Contamos com o apoio dos institutos de pesquisa e órgãos não governamentais que analisam as mudanças ou as ameaças à legislação trabalhista, e fazem, assim, uma projeção de tudo aquilo que possa ameaçar os direitos fundamentais dos trabalhadores do Brasil, como o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por exemplo, que sempre publica relatórios analíticos sobre as medidas que interferem na legislação trabalhista. “Dessa forma, ainda que tenhamos um governo favorável à classe trabalhadora, é fundamental a participação dos trabalhadores nas ações dos sindicatos que os representam. Somente com a presença do trabalhador no sindicato é possível manter essa estrutura solidificada, fortalecida e amplificada. Afinal, o trabalhador que conhece os seus direitos sabe reconhecer qualquer ameaça. Portanto, deve contar com o seu sindicato para garantir e manter todas essas conquistas”.

Por fim, Milton ressalta que o O Dia do Trabalho é uma conquista sindical, assim como o Dia Internacional da Mulher, em 8 de Março, o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, ambos celebrados neste 28 de abril, e tantas outras datas. Isso é ter voz. Ser lembrado é estar presente, manter a história viva para compreender o passado, o presente e o futuro.  “Aliás, ainda que as novas gerações apresentem resistência aos padrões das gerações anteriores em se tratando de trabalho e profissão, o futuro do trabalho não deve representar uma ameaça aos direitos trabalhistas, e sim uma mudança necessária. Um movimento natural, mas que requer entendimento, análise, reflexão, estudo, compreensão. Podemos atuar em conformidade a esses novos padrões, sem perder o fundamento que nos legitima – a luta constante em defesa do trabalhador – por emprego, renda e qualidade de vida, seja como for”.

O presidente do Sindicato da Construção Civil e Mobiliário de Jundiaí e região (SITCOM),  José Carlos da Silva, destaca que o 1º de Maio é sempre uma data para ‘reflexão’ das lutas sindicais, momento de valorizar as conquistas que temos através dos Acordos e Convenções Coletivas,  com vários benefícios aos trabalhadores que a LEI não contempla. “A luta continua com outros desafios em favor da classe operária ou seja melhoria nas condições de trabalho, redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais com a manutenção dos salários e geração de empregos com qualidade. A todos os trabalhadores, parabéns por mais um ano do Dia do Trabalhador”, destacou.

O presidente do Sindicato da Alimentação e Bebidas de Jundiaí e Região Edilson de Carvalho, apesar de todos os desafios, reforçou a importância da data a afirmou que o 1º de maio é sim, uma história marcada por conquistas através de muita luta e por isso é importante. “Atualmente a nossa maior luta é pela redução da jornada de trabalho com o fim da escala 6×1, que trará, sem dúvidas, mais qualidade de vida ao trabalhador e geração de empregos para todos os setores”. Já no setor alimentícios, Edilson avalia o ano como positivo, com criação de mais vagas. Por fim ele deixa uma mensagem aos trabalhadores: “Desejo um ótimo dia do trabalhador e que todos possam comemorar com seus familiares e estamos à disposição do trabalhador”, finalizou.

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