Dia Mundial do Meio Ambiente: fim da poluição plástica é um dos maiores desafios da humanidade
A crise do plástico ameaça ecossistemas, saúde humana e a economia mundial
Em um mundo onde se produz 400 milhões de toneladas anualmente, e apenas uma pequena parte é reciclada, com menos de 10% da produção primária sendo reciclada, o tema da Semana Mundial do Meio Ambiente deste ano, celebrado em 5 de junho, “O fim da poluição plástica global” alerta para este problema, que tem causas irreparáveis se nada for feito. Só no Brasil, de acordo com o relatório “Fragmentos da Destruição”, da ONG Oceana, são cerca de 1,3 milhão de toneladas de lixo plástico despejado nos mares anualmente, posicionando-se como o oitavo maior poluidor plástico do planeta e o líder na América Latina.
A crise global da poluição plástica
Desde sua popularização nas décadas de 1950 e 1960, o plástico revolucionou indústrias, logística, saúde e o cotidiano da sociedade moderna. No entanto, seu uso desenfreado e sua durabilidade geraram uma crise ambiental sem precedentes. Além do lixo visível, a ameaça invisível dos microplásticos torna a crise ainda mais alarmante. Essas partículas, menores que 5 milímetros, estão presentes em alimentos, água potável, ar e até no corpo humano. Pesquisas recentes detectaram microplásticos em sangue, pulmões, placenta e outros tecidos humanos, o que gera sérias preocupações sobre os impactos à saúde, ainda em estudo.
O engajamento da sociedade civil é decisivo para pressionar por mudanças estruturais e acelerar a transição para uma economia circular do plástico. Movimentos sociais, ONGs, cooperativas de reciclagem, escolas e comunidades têm desempenhado papéis fundamentais na conscientização, coleta seletiva, educação ambiental e criação de alternativas locais ao plástico. O desafio do plástico é, antes de tudo, uma questão de escolhas e prioridades. O mundo precisa de uma mudança urgente em sistemas de produção, consumo e gestão de resíduos, construindo uma nova relação com os materiais e os recursos naturais.
O Dia Mundial do Meio Ambiente 2025 reforça essa urgência, convocando todos a agirem agora pelo fim da poluição plástica global, em defesa da saúde do planeta e das futuras gerações.
O desafio do plástico é, antes de tudo, uma questão de escolhas e prioridades.