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Por que a violência contra idosos vem crescendo no Brasil?

As formas mais comuns de violência são a física, a negligência (quando os responsáveis não oferecem cuidados básicos) e a psicológica

A maior expectativa de vida, que é para ser um motivo de comemoração, tem siso um pesadelo para muitos idosos, vítimas de violência. Isso por que, com idade mais avançada, muitas famílias não tem tempo para cuidar desta pessoa, que passa a ser um ‘fardo’ e muitos acabam sendo vítimas de violência. Em 2025, estima-se que o Brasil tenha cerca de 35 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que corresponde à sexta maior população idosa do mundo. Isso representa um crescimento significativo em relação à população idosa do país, que, de 2000 para 2023, quase duplicou, passando de 15,2 milhões para 33,0 milhões.

Por isso, no dia 15 de junho, comemora-se o Dia mundial de conscientização da violência contra a pessoa idosa.

A violência contra idosos no Brasil é um problema crescente, com um aumento significativo no número de denúncias nos últimos anos. A pesquisa “Denúncias de Violência ao Idoso no Período de 2020 a 2023 na Perspectiva Bioética” revelou que, entre 2020 e 2023, foram notificados 408.395 casos de violência contra idosos, sendo que 2023 registrou um aumento de 50 mil denúncias em relação a 2022. As formas mais comuns de violência são a física, a negligência (quando os responsáveis não oferecem cuidados básicos) e a psicológica, sendo que, segundo o estudo, a maioria dos agressores são filhos, seguidos de filhas, noras ou genros, e cônjuges e ocorre principalmente no ambiente familiar, em cerca de 60% dos casos. No Brasil um a cada dez idosos relatam já ter sofrido algum tipo de violência, em ambos os sexos, principalmente o abuso psicológico.

Segundo Sandra Rabello, presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), cada caso tem particularidades, mas há fatores que explicam por que aumentam os casos de violência contra idosos, como por exemplo, exaustão do cuidador (familiares), falta de preparo, desconhecimento da lei e condições socioeconômicas precárias. Para ela é preciso fortalecer a rede de apoio aos idosos, além de promover a prevenção e o combate à violência.

Em caso de suspeita de violência contra idosos, denuncie através do Disque 100 ou procure um órgão de proteção à pessoa idosa.

População idosa RMJ

A população da Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ) , SEGUNDO DADOS DA Fundação Sead de 2023 é estimada em 850 mil habitantes e uma população idosa 60 + em média de 136 mil, ou seja, 16% da população.

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